quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sobre a frieza que na verdade é forma de calor

  "Eu sei, sou uma pessoa fria muitas vezes. Minha frieza é minha proteção."
   Assim dizia uma frase da Tati Bernardi que vi em algum site por essa internet afora. E tal declaração me faz refletir e querer compreender a frieza das pessoas para com as outras ou para com elas mesmas. A arrogância, a prepotencia que fazem questão  de cuspir por ai mascarada pela autossuficiência.
   Já disse em outro texto que pessoas autossuficientes, são o que há (!), mas ninguém é tão autossuficiente a ponto de sair declarando por ai que a vida desprovida de sentimentos é boa, porque simplesmente não é. O amor, o carinho, a sensação de estar sendo cuidado por outro (família, amigos, namorado(a), é necessário a qualquer ser humano, sem exceção alguma. Ninguém vive feliz tentando suprimir uma coisa que é de necessidade tanto quanto a água. Diria até que o amor é mais importante.
   Um tanto quanto ousado da minha parte falar assim, com tanta propriedade sobre os sentimentos que não me cabem julgar, mas a opinião, humilde, devo acrescentar, desta que vos fala/escreve, estava engasgada e com extrema necessidade de ser posta pra fora.
   E termino com o trecho de um texto de Nathalí Macedo, que coloca em poucas, porém, precisas palavras sobre o que concluo deste assunto.
"Frieza não é falta e nem ausência. É excesso: de amor e de intensidade. A frieza só espera um abraço espontâneo, um sentimento que transborde pelos olhos e não precise de palavras, para que possa permanecer ali – intacto – em uma redoma de monossílabos vestidos de medo, sem que se tenha que pagar o preço com a solidão dos que pensam que não sabem amar. Mas sabem. Acredite – Eles sabem."